Chegou à fase final a construção da nova sede do Centro de Atendimento Psicológico e Social (Caps) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). O prédio, localizado no Setor Policial Sul, é fruto de mais um investimento do Executivo local na valorização, no acolhimento e no cuidado com a saúde mental dos servidores da segurança pública. Para a execução das obras, foram destinados R$ 15,1 milhões.
De janeiro a setembro deste ano, o centro, em funcionamento em uma unidade temporária, foi responsável por 14.153 atendimentos, somados aos realizados em parceria com o Sesc. A previsão é que esse número seja ainda maior após a inauguração do novo prédio.
Com uma área de 2,9 mil m², o espaço foi planejado para oferecer uma estrutura moderna, acessível e humanizada aos policiais militares e seus dependentes. A estrutura vai reunir consultórios, salas de terapia individual e em grupo, enfermagem, farmácia, auditório e áreas de convivência.
De acordo com o chefe da Seção de Fiscalização de Obras da PMDF, capitão Geraldo Neiva de Almeida, a estrutura foi pensada para unir funcionalidade e acolhimento. “É uma estrutura diferenciada. Com certeza seremos referência quando o espaço for inaugurado. As linhas curvas ajudam no fluxo de pacientes e profissionais e foram projetadas para trazer a sensação de acolhimento, fugindo da ideia de hospital. Nosso foco é a humanização do atendimento”, afirma.
O projeto, idealizado pela equipe de arquitetura, urbanismo e engenharia da própria corporação, surgiu da necessidade de ampliar e modernizar o antigo prédio. Segundo o arquiteto e engenheiro da Seção de Controle da PMDF, sargento Ricardo Naves, o planejamento foi desenvolvido em conjunto com a área de saúde da corporação.
“A gente faz a concepção do edifício e contrata os projetos complementares para execução. Esse estudo foi feito junto com o setor de saúde, com base nas necessidades que eles passaram para a gente. A edificação anterior já não atendia aos anseios da corporação, e agora teremos salas de terapia, auditório, piscina e mais consultórios”, detalha.
Além de consultórios e salas terapêuticas, o novo Caps contará com áreas de convivência e estacionamento, compondo um ambiente que prioriza também o bem-estar emocional de quem procurar a unidade. O projeto arquitetônico adota linhas curvas e fachadas envidraçadas, priorizando iluminação natural e integração com áreas verdes.
Para o chefe do Caps, tenente-coronel Rodrigo Ramos Araújo, o novo prédio vai ampliar a capacidade de atendimento e fortalecer a rede de assistência psicológica da PMDF. “Atualmente, temos cerca de 40 policiais que trabalham diretamente no Caps e uma equipe contratada com psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e terapeutas ocupacionais. O nosso objetivo é atender toda a tropa da ativa, que soma aproximadamente 10 mil policiais”, explica.
O serviço é prestado de forma ambulatorial, com pronto acolhimento e funcionamento nos turnos matutino e vespertino. Além disso, a corporação mantém parceria com 19 clínicas conveniadas de psicologia e oito de psiquiatria para reforçar o acolhimento psicológico aos policiais e seus dependentes.
A expectativa é que a nova sede do Caps seja inaugurada em 2026, após o recebimento definitivo da obra pela empresa contratada.
Bem-estar é prioridade
Além de todos os serviços ofertados por meio do Caps, a corporação dispõe da Seção de Bem-Estar Social (SBES). O setor presta apoio psicológico aos militares, dependentes e pensionistas, com informações diversas sobre as rotinas para internações, marcação de consultas em saúde mental e orientações sobre como proceder em casos de urgência e emergência psiquiátricas.
A SBES também realiza visitas domiciliares e hospitalares. O atendimento é presencial ou por ligações telefônicas e funciona 24 horas por dia. A responsável pela seção, major Alessandra Santos, destaca o caráter pioneiro do serviço prestado pela corporação.
“Esse apoio é 24 horas todos os dias da semana. Nenhum outro órgão de segurança pública do país tem um serviço tão completo como o nosso. Fazemos a orientação inicial, o direcionamento e o monitoramento dos casos a longo prazo. É um trabalho preventivo que salva vidas”, ressalta.
Por Por Brasília
Fonte Agência Brasília
Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília













