s defesas dos seis dos 10 réus do núcleo 3, formado na maioria por militares das Forças Especiais do Exército, mais conhecidos como “kids pretos”, negaram nesta terça-feira (11) a acusação de participação em plano de golpe e argumentaram falta de provas pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
O núcleo 3 é acusado pela PGR de ser responsável pelos planos que executaria autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).
Apresentaram defesas os advogados dos seguintes réus:
- Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército);
- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general da reserva);
- Fabrício Moreira de Bastos (coronel do Exército);
- Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel do Exército);
- Márcio Nunes de Resende Jr. (coronel do Exército);
- Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel do Exército).
O que alegaram defesas:
Durante sustentação para defesa de Bernardo Romão Corrêa Netto, o advogado negou as acusações da PGR e disse que o órgão apenas apresentou hipóteses e não provas. Segundo a defesa, o então comandante do Exército, Freire Gomes, não foi abordado pelo militar para ser pressionado a aderir ao golpe.
Enquanto o defensor de Theophilo Gaspar justificou que o Coter (Comando de Operações Terrestres) não administrava os chamados kids pretos. Segundo a defesa, as versões da delação do tenente-coronel Mauro Cid são falsas. Para a defesa, as provas da PGR são insuficientes para condenar o réu.
Na sustentação de defesa de Fabrício de Bastos, o advogado citou que ficou “perplexo” com as alegações finais da PGR, já que o órgão não teria produzido nenhuma prova. Segundo ele, confraternização dos kids pretos não tratava de golpe e essa versão foi confirmada pelo delator do processo.
Já na defesa Hélio Ferreira Lima, que está preso, a sustentação apontou que o chamado plano “op luneta” se tratava de um desenho operacional do Exército e que a medida é faz parte dos procedimentos da corporação.
Por sua vez, a defesa de Márcio Nunes justificou que o coronel apenas participou de uma reunião e que ele não foi acusado pelos planos de assassinar autoridades. Segundo o defensor, os autores da carta enviada para pressionar o alto comando do Exército não foram denunciados e que o militar está sendo responsabilizado pelo material.
A última defesa a ser apresentada por foi de Rafael Martins. Conforme a defesa, não é possível assegurar que a cadeia de custódia não foi quebrada por se tratar de provas digitais. Para os defensores, o militar é inocente.
Ainda vão apresentar sustentação as defesas de:
- Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel do Exército);
- Ronald Ferreira de Araújo Jr. (tenente-coronel do Exército);
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel do Exército);
- Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal).
O julgamento está previsto para ser retomado nesta quarta-feira (12) a partir das 9h. Após a conclusão das sustentações orais, o relator, ministro Alexandre de Moraes, vai proferir seu voto pela condenação ou absolvição dos réus.
Por Por Brasília
Fonte CNN Brasil
Foto: CNN













