Metrô-DF divulga primeiro inventário de emissões de gases de efeito estufa

Ação reforça compromisso do GDF com a sustentabilidade e aponta eficiência ambiental do transporte metroviário

A emissão de gases poluentes pela Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) foi seis vezes menor do que a registrada por ônibus urbano a diesel, e até 50 vezes inferior à liberada pelos automóveis. Uma matemática favorável ao meio ambiente e para os brasilienses, que só reforça a importância do sistema metroviário para a construção de uma mobilidade urbana de baixo carbono.

Esses são apenas alguns dados que constam no primeiro Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), referente ao ano-base de 2024, elaborado pelo Metrô-DF e publicado esta semana. O documento quantifica e qualifica as emissões diretas e indiretas associadas às atividades da companhia, reunindo dados de manutenção, transporte, consumo de energia, gestão de resíduos, deslocamento de pessoal e serviços administrativos. “O inventário é um marco para o Metrô-DF. Pela primeira vez, temos um retrato detalhado de nossas emissões, o que nos permite planejar ações concretas para reduzir impactos e reforçar nosso compromisso com a agenda climática do Distrito Federal. O transporte metroviário já se mostra uma alternativa sustentável e de baixo carbono, e queremos avançar cada vez mais nesse caminho”, afirmou Handerson Cabral, presidente do Metrô-DF.

O levantamento é um passo fundamental para fortalecer a gestão ambiental e para subsidiar as decisões estratégicas futuras do Metrô-DF. “A partir deste diagnóstico, será possível aprimorar processos internos, repensar contratos e adotar medidas que visem à redução de emissões, sobretudo, no uso de energia elétrica, que representa nosso principal insumo”, destaca o diretor técnico do Metrô-DF, Fernando Jorge Rodrigues.

Conduzido pela equipe técnica da companhia, o estudo evidencia a eficiência ambiental do transporte metroviário. Isso se deve ao fato de o Brasil ter uma matriz energética majoritariamente limpa, baseada em fontes renováveis como hidrelétricas, eólicas e solares. Assim, mesmo demandando grande quantidade de energia elétrica, o metrô apresenta baixo índice de emissões, o que contribui para a sustentabilidade e reforça o compromisso com a agenda climática e com a qualidade de vida da população.

Ao todo, foi registrado um total de 3.835,2 toneladas de CO₂ em 2024 emitidas pelo Metrô-DF. A maior parcela (85,9%) está associada ao consumo de energia elétrica para a operação do sistema metroviário, abrangendo trens, estações e sede administrativa. Já as emissões indiretas, provenientes de fontes não controladas diretamente pela Companhia, representaram 10,5% do total, enquanto as emissões diretas corresponderam a 3,5%.
Elaborado segundo a metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol, coordenado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGVces), o relatório do Metrô-DF foi publicado no Registro Público de Emissões (RPE) e recebeu o Selo Prata, concedido a organizações que reportam de forma completa escopos específicos.

Para o diretor de Planejamento do Metrô-DF, João Maciel Claro, o Selo Prata concedido ao inventário reforça o compromisso e alinhamento do Metrô-DF com uma gestão mais eficiente e transparente. “Além disso, o inventário evidencia para a população de Brasília o quanto o transporte metroviário possui baixo impacto ambiental frente aos outros transportes, mostrando que é uma ferramenta estratégica no desenvolvimento e no planejamento mais limpo e eficaz, contribuindo para uma cidade mais verde e sustentável”, acrescenta.

Cuidado com a eficiência energética

Além da permanente vigilância em adotar ações que reforcem o metrô como um meio de transporte mais sustentável, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) desenvolve uma série de projetos que visam ampliar a eficiência energética da empresa. Desde 2021, o Metrô-DF vem desenvolvendo iniciativas para ampliar a eficiência energética da Companhia, participando de Chamadas Públicas do Programa de Eficiência Energética, instituído pela Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000 e regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Assim, é possível obter recursos para a execução de projetos com a finalidade de reduzir o consumo de energia elétrica, otimizar o uso dos recursos e mitigar os impactos ambientais decorrentes da geração e distribuição de eletricidade. Por meio desses chamamentos, foram substituídas mais de 3 mil lâmpadas e luminárias convencionais por tecnologia LED nas estações Águas Claras e Concessionárias, além de toda extensão do túnel da Asa Sul, em 2022. Nos dois últimos anos, o projeto foi expandido e foram trocadas as lâmpadas do Complexo Administrativo e Operacional – CAO do Metrô, além daquelas instaladas em salas administrativas, áreas comuns, vias de acesso e o Pátio Águas Claras, destinado às manobras, testes e limpeza dos trens.

A redução do consumo de energia elétrica; a maior eficiência energética e luminosa; mais segurança para trabalhos noturnos e a ampliação da vida útil dos equipamentos em até 3 vezes foram alguns dos resultados alcançados com essas ações.

*Com informações do Metrô-DF

Por Por Brasília
Fonte Agência Brasília
Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília