O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse à jornalistas nesta quinta-feira (18) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, virou seu “amigo” depois de “um pouco de conversa”.
“Todos vocês pensaram que eu ia entrar em guerra com o Trump. O Trump virou meu amigo. Dois homens de 80 anos de idade, não tem por que brigar. Nós estamos conversando direitinho”, disse o presidente durante uma agenda nesta manhã.
“Tudo vai se acertar, sem nenhum tiro, sem bomba, sem nenhum navio bloqueando a costa brasileira. Eu disse a Trump que o poder da palavra é mais forte do que qualquer arma que vocês possam ter”.
Os níveis de tensão entre o governo de Lula e de Trump começaram a subir após decisões do presidente dos EUA com relação às tarifas sobre produtos brasileiros, logo no início do ano.
A tensão se estendeu ao Judiciário brasileiro, após Trump e aliados criticarem o processo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), julgado na trama golpista de 8 de Janeiro, ao qual ele foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.
Em julho, o governo norte-americano ainda aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sob a justificativa que ele teria autorizado “prisões preventivas arbitrárias” e atuado para suprimir a liberdade de expressão no Brasil.
A Lei Magnitsky é um dispositivo da legislação americana que permite que os Estados Unidos imponham sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.
No último dia 12, o magistrado e a sua esposa, Viviane Barci de Moraes, foram retirados da lista.
Contudo, Trump surpreendeu na Assembleia Geral da ONU, em setembro, quando afirmou que ele e Lula tiveram uma “química excelente”.
Agora, Lula relembrou a escalada de tensão entre Brasil e EUA para dizer que os canais de diálogo entre os países, que tem um longo histórico de relação diplomática, foram abertos.
Por Por Brasília
Fonte CNN Brasil
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