Após um período de temperaturas altas, a temporada de chuva teve início no Distrito Federal com as equipes do governo de prontidão para possíveis ocorrências. Nos dois últimos dias, entre quarta (1º) e quinta-feira (2), algumas regiões da capital federal sofreram com fortes tempestades de granizo acompanhadas de fortes ventos.
Foram registrados danos em áreas do Sol Nascente/Pôr do Sol, Planaltina e Arapoanga. Todas essas localidades estão recebendo os serviços das equipes do Governo do Distrito Federal (GDF) para conter os prejuízos causados pelas precipitações por meio das equipes multidisciplinares dos grupos criados para demandas emergenciais.
No Sol Nascente/Pôr do Sol, os servidores da administração regional e da Secretaria de Obras e Infraestrutura atuam em conjunto na avenida principal do Trecho III e na ponte de ligação entre os trechos I e II. Ainda em obras devido a construção do sistema de drenagem, o Trecho III teve alagamentos nos comércios e aparecimento de buracos. Na manhã desta sexta-feira (3), toda a água já havia sido contida e as aberturas na pista, fechadas.
“O Trecho III costuma ser mais afetado pelas chuvas porque estamos construindo a rede de drenagem. Mas assim que a tempestade começou a administração esteve presente. Verificamos os problemas e fomos saná-los o mais rápido possível”, explica o administrador regional do Sol Nascente/Pôr do Sol, Claudio Ferreira. Agora, os serviços no local são de continuidade da obra de drenagem, que tem investimento de R$ 134,6 milhões do GDF.
Na área que liga o Trecho I ao II, onde está sendo construída uma ponte e estão sendo instalados quatro tunnel liners – que são bueiros metálicos para drenagem de água pluvial – para rede de escoamento da água, as equipes fazem a limpeza com a retirada de terra, recomposição das erosões e isolamento da área para segurança dos moradores.
“Aqui é uma área em que se forma uma bacia. O governo iniciou a obra dessa ponte porque as manilhas que existiam aqui não comportavam a vazão da água. Com a chuva forte que deu na quarta-feira houve uma erosão no local e a administração já entrou em contato com a Defesa Civil para ver essa questão”, revela o diretor de Obras da administração regional, Cairo Vaz. “O tunnel liner também foi comprometido, mas os profissionais já estão no local equacionando todo o problema e retirando todo o entulho que estava dentro das chapas”, completa.
A Defesa Civil foi acionada para atuar nas localidades afetadas pela chuva e realizou vistorias em casas e áreas de risco. Nenhuma casa precisou ser interditada e não houve registro de feridos.
Queda de árvores e de postes
Em Planaltina, foi a chuva de quinta-feira (2) que castigou as áreas do Vale do Amanhecer. A ventania causou a queda de diversas árvores e galhos. O maior impacto foi nas quadras CR 74, 73 e 72, onde caíram cinco postes de energia.
“A fiação caiu nas casas. Tivemos algumas que ficaram destelhadas e tiveram quedas de muro”, conta o administrador regional de Planaltina, Wesley Fonseca. O Corpo de Bombeiros e a concessionária Neoenergia foram convocados ainda na tarde de quinta-feira para fazer a proteção dos moradores e o desligamento da rede de energia. Pela manhã, começaram a retirada das árvores no local.
“Depois disso, fizemos o cadastro das pessoas que estão com danos e prejuízos em suas casas para repassar para a Secretaria de Desenvolvimento Social para verificar a possibilidade de auxílio. Não tivemos nenhuma ocorrência de ferimentos e nem de choques de moradores”, complementa.
Outra área impactada que já recebeu os serviços do GDF foi o Setor Central do Vale do Amanhecer, onde está localizada a Escola Classe Mestre D’Armas. “Lá, o muro da escola caiu por conta de uma árvore que foi derrubada pela força da tempestade e, consequentemente, foram derrubados fios de energia”, lembra o administrador.
No local, as equipes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) interditaram as pistas e iniciaram a retirada dos galhos e das árvores que desobstruem as vias. A área também recebeu atendimento dos bombeiros e da concessionária de energia.
Em Arapoanga, as ocorrências foram na Quadra 1B, onde houve queda de um fio de alta tensão, e às margens da DF-130, onde caiu uma árvore. “O que tivemos de urgência teve um atendimento rápido da equipe de chuvas. Agora, estamos fazendo um relatório para conseguir abrir mais bocas de lobo na região para evitar alagamentos”, conta o administrador de Arapoanga, Sérgio de Araújo.
Por Agência Brasília
Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília / Reprodução Agência Brasília