Cartórios do DF fazem mutirão de conscientização sobre doação de órgãos

A iniciativa possibilita em pessoas emitam a própria a autorização eletrônica gratuita de doador

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O sábado (19/10) começou com um mutirão de conscientização para a importante pauta da doação de órgãos. Os Cartórios de Notas do Distrito Federal se juntaram no shopping Conjunto Nacional para um mutirão de de atendimento aos cidadãos no intuito de informar e realizar a Autorização Eletrônica para Doação de Órgãos (Aedo), um documento digital que assegura juridicamente a vontade da pessoa em ser doadora de órgãos. Um estande está disponível até o horário de fechamento do shopping.

A autorização é um processo recente, regulamentado há aproximadamente seis meses pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela permite que as pessoas atestem a vontade de doar os órgãos após a morte e que isso fique disponível via CPF para o Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde por meio de um banco na Central Nacional de Doadores de Órgãos.

A iniciativa, portanto, tem o objetivo de incentivar as pessoas a fazerem a própria autorização e conscientizar a comunidade de como isso é importante. “Atualmente, temos mais de 15 mil requerimentos de pessoas que desejam ser doadores de órgãos, mas do outro lado temos 60 mil pessoas precisando de órgãos”, afirma Geraldo Felipe de Souto Silva, presidente do Colégio Notorial do Brasil na Seção DF.

O presidente aponta que o mutirão é neste sábado, mas que a ação continua. Tudo pode ser feito digitalmente, basta apresentar a vontade de ser doador. O processo conta com um cadastro e uma vídeo-conferência e está disponível 24 horas por dia no site aedo.org.br. “Hoje você pode ser um doador, amanhã o seu filho, o seu pai ou até mesmo você, pode precisar da doação de órgãos”, afirma Geraldo. “É uma corrente de solidariedade, uma corrente do bem e um projeto que efetivamente salva vidas”, complementa.

Simples, rápido e fácil

O mutirão facilitou a vida de alguns cidadãos já na manhã de sábado. “Eu já tinha intenção de fazer isso, mas aproveitei por ser em um sábado, no shopping, para facilitar o meu deslocamento”, conta Stefanos Nicolaidis, engenheiro, 61. Ele conta que viu pela televisão que existia essa possibilidade e aproveitou para fazer a boa ação, mas não imaginava que seria tão tranquilo. “Fui muito bem atendido, mais fácil do que eu imaginava. Cartório físico a gente sempre tem a impressão de que tem muita gente. Aqui está uma maravilha, eu recomendo”, pontua.

Por Pedro Ibarra do Correio Braziliense

Foto: Pedro Ibarra/CB/D.A. Press / Reprodução Correio Braziliense