Haddad e Lula se reúnem para bater o martelo sobre corte de gastos

A proposta final, de acordo com o chefe da equipe econômica, depende da chancela do chefe do Executivo. Participam do encontro todos os ministros da Junta de Execução Orçamentária

0
181

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm encontro marcado na manhã desta quinta-feira (7/10) para bater o martelo sobre o tamanho do corte de despesas obrigatórias do governo. A proposta final, de acordo com o chefe da equipe econômica, depende da chancela do chefe do Executivo. 

Participam do encontro todos os ministros da Junta de Execução Orçamentária (JEO), que inclui as ministras do Planejamento, Simone Tebet; e da Gestão, Esther Dweck, além do titular da Casa Civil, Rui Costa.

O objetivo é enviar ao Congresso um texto em forma de proposta de emenda à Constituição (PEC), que seja ajustado para facilitar a negociação com o Parlamento. Nos últimos dias, a Fazenda se reuniu com pastas estratégicas para debater a necessidade de ajuste das contas públicas. 

Na véspera, Haddad afirmou que o encontro com Lula deve ser para apresentar ao presidente as reações dos ministros sobre os cortes de gastos, a quem cabe a decisão final. Também deve ser realizada, ainda nesta semana, uma reunião com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para uma conversa prévia sobre o procedimento entre o Executivo e o Legislativo.

“Os ministros todos estão muito conscientes da tarefa que temos pela frente, de reforço do arcabouço fiscal, da previsibilidade e da sustentabilidade das finanças de médio e longo prazo. Penso que há um consenso em torno do princípio, e a partir dessa devolutiva o presidente encaminha o endereçamento do Congresso”, disse o ministro da Fazenda. 

Embora o governo ainda não tenha antecipado as pastas afetadas, há expectativas de que os cortes incluam reajustes no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no seguro-desemprego, além de possíveis mudanças no cálculo de repasses para Saúde e Educação. 

Por Rafaela Gonçalves do Correio Braziliense

Foto: Ed Alves/CB/DA.Press / Reprodução Correio Braziliense