O deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) comentou nesta terça-feira (19/11) a prisão do general Mário Fernandes, que foi lotado em seu gabinete na Câmara dos Deputados, nomeado em março de 2023 para um “cargo de natureza especial”. Ele foi preso nesta manhã na Operação Contragolpe, articulada pela Polícia Federal.
Fernandes é suspeito de fazer parte de um grupo que organizava um golpe de Estado em 2022 para prender e assassinar Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente eleito, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O deputado federal General Pazuello esclarece que o General Mário Fernandes, mencionado na operação da Polícia Federal realizada na manhã desta terça-feira, trabalhou em seu gabinete como assessor de 28 de março de 2023 a 04 de março de 2024, quando foi identificado seu impedimento para exercer cargo público”, diz a nota do ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro.
“Pazuello esclarece ainda que só tomou conhecimento da prisão do general Mário e dos demais oficiais por meio da imprensa na data de hoje. O deputado reafirma sua crença nas instituições do país e na idoneidade do General Mário Fernandes, na certeza de que logo tudo será esclarecido.”
Plano para matar Lula
A Polícia Federal (PF) identificou um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a partir de mensagens recuperadas do celular do tenente-coronel Mauro Cid, de acordo com fontes na corporação ouvidas pelo Correio. Com base nas diligências, foi deflagrada a Operação Contragolpe.
Equipes policiais estão nas ruas nesta terça-feira (19) para cumprir cinco mandados de prisão, três de busca e apreensão e 15 de medidas cautelares expedidas pelo STF. Os investigadores conseguiram recuperar arquivos apagados no celular apreendido com Mauro Cid. O atentado contra as autoridades citadas ocorreria por meio das Forças Especiais do Exército, os chamados Kids Pretos — batalhão no qual Cid fazia parte.
Por Júlia Portela do Correio Braziliense
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Reprodução Correio Braziliense