O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, marcou para esta quinta-feira (21/11) uma nova audiência para ouvir o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. Ele é acusado de envolvimento em um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes. O depoimento será prestado às 14h, na sala de audiências do STF.
A convocação foi feita após a Polícia Federal (PF) identificar omissões e contradições no depoimento prestado por Cid terça-feira (19) na sede da corporação. Na ocasião, o militar negou conhecimento e participação no plano, mas, durante a oitiva de cerca de três horas, entrou em contradição e não conseguiu explicar de forma convincente por que apagou dados de seu computador. De acordo com as investigações, os arquivos apagados continham mensagens relacionadas aos supostos assassinatos. Esses dados foram recuperados pela PF com o uso de um software israelense.
O plano
As investigações apontam que os suspeitos iniciaram o monitoramento de autoridades em novembro de 2022, após um encontro na residência do ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente Walter Braga Netto. Durante a reunião, o grupo teria discutido estratégias que incluíam envenenar o ministro Alexandre de Moraes e “neutralizar” o presidente Lula e o vice-presidente Alckmin. Os suspeitos teriam, inclusive, cogitado o sacrifício da própria vida para cumprir a missão.
Por Vanilson Oliveira do Correio Braziliense
Foto: Luis Nova/Fotoarena/Estadão Conteúdo / Reprodução Correio Braziliense