Mercado de trabalho no DF e AMB tem construção e indústria como destaques

Setores econômicos mostram recuperação, e desemprego recua em relação ao ano anterior, segundo estudo divulgado pelo IPEDF e Dieese

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O mercado de trabalho no Distrito Federal e na Área Metropolitana de Brasília (AMB) apresentou sinais positivos em outubro de 2024. De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF (PED-DF), apresentada pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o resultado decorreu do avanço em setores estratégicos e uma redução significativa na taxa de desemprego em comparação ao mesmo período de 2023.

No Distrito Federal, o número de ocupados somado ao das pessoas que buscam emprego se manteve estável em 1.715 mil, com uma leve variação na taxa de participação, que passou de 64,7% para 64,6%. O nível de ocupação oscilou, totalizando 1.449 mil pessoas, mas setores como Indústria de transformação, Construção e Comércio e reparação registraram crescimento expressivo. A Indústria “se destacou com um aumento de 11,4% (5 mil postos de trabalho), enquanto a Construção avançou 4,2% (3 mil postos), e o Comércio apresentou alta de 0,9% (2 mil postos).

Na Área Metropolitana de Brasília (AMB), o mercado de trabalho formado por 2.346 mil pessoas economicamente ativas também demonstrou recuperação, enquanto houve estabilidade na taxa de participação (64,5%). O número de ocupados cresceu 0,2% em relação ao mês anterior, somando 536 mil pessoas, impulsionado pela alta na Construção (6,1%, ou 4 mil postos) e nos Serviços (0,7%, ou 2 mil).

Outro ponto positivo foi a redução da taxa de desemprego total na AMB, que caiu de 16,3% para 15,4% em um ano, refletindo a criação de 15 mil postos de trabalho no período. Na capital, a taxa de desemprego permaneceu relativamente estável em outubro, mas acompanhada da geração de oito mil postos de trabalho, fruto de políticas de incentivo à geração de empregos.

O crescimento do contingente de trabalhadores autônomos (2%, ou 5 mil pessoas) e de empregados domésticos (4,2%, ou 3 mil pessoas) no DF mostra a diversificação nas formas de inserção ocupacional. Além disso, os rendimentos dos autônomos subiram 3,1%, alcançando uma média de R$ 3.344.

Apesar dos avanços, o rendimento médio dos ocupados no DF apresentou leve queda (-0,5%), fechando em R$ 4.640. Entretanto, setores como Comércio e reparação tiveram aumento salarial de 1,9%.

“Com as mudanças do trabalho dos últimos anos, a sazonalidade de final de ano foi substituída pela estabilidade. É isto que vemos no movimento ocupacional da nossa Região Metropolitana e na Capital, que apresentou oscilações em relação a setembro de 2023. Na comparação com outubro do ano passado vemos nítida melhoria na ocupação e queda do desemprego”, afirmou Lucia Garcia, técnica e economista do Dieese.

*Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF)

Por Agência Brasília

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília / Reprodução Agência Brasília