O Distrito Federal teve crescimento acima da média nacional no Valor Geral de Vendas (VGV) no setor imobiliário no ano passado. Enquanto o crescimento no país foi de 18,28% em relação a 2023, o índice local ficou em 30,25%. Já em quantidade de vendas, o DF registrou um aumento de 17,2%. O segmento de alto padrão apresentou o maior crescimento percentual: 19,23% no VGV e 17,15% na quantidade de vendas.
Os dados são da multinacional Senior, que anualmente divulga relatório com os principais indicadores de construtoras e incorporadoras do país. De acordo com o levantamento, que engloba nove unidades da Federação, o DF tem o quarto metro quadrado mais caro do país (R$ 8.562,56), atrás de Rio de Janeiro (R$ 10.420,73), Rio Grande do Sul (R$ 10.117,14) e Santa Catarina (R$ 9.836,87).
“O Distrito Federal foi uma das unidade federativas que apresentou maior crescimento em vendas com um crescimento de 30% de valor negociado comparando 2024 com 2023, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul. No médio padrão, foi a faixa que apresentou um destaque ainda maior de crescimento com 43%, que são os imóveis que possuem como uma das características, valores entre R$ 350 mil e R$ 1 milhão. Essas variações são resultados de múltiplos fatores, como aquecimento da economia e expectativas de valorização”, avalia Rafael Bahr, head de Produto Construção na Senior Sistemas.
A culpa não é das embalagens
A indústria química não concorda que o aumento no preço das embalagens seja um fator preponderante na alta dos alimentos. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Química (Abiquim), André Passos Cordeiro, rebate a afirmação da Associação da Indústria de Plásticos (Abiplast). “O preço das embalagens realmente aumentou, isso está registrado no Índice de Preços ao Produtor (IPP). Mas foi um aumento de 0,47% no mês de novembro”, disse. Cordeiro também destaca que o preço das embalagens representa apenas 0,15% do custo final da cesta básica. “Para impactar o valor da cesta básica, o preço das embalagens teria que ter aumentado em 340%, o que passou muito longe de ser o caso.”
Volta às aulas também no Senac
Esta semana também marcou a volta às aulas na educação profissional. Mais de 15 mil estudantes do Senac-DF retomaram cursos de aprendizagem, técnicos, graduação e pós-graduação. São mais de 100 opções de formação ao todo. Ontem, um grupo de cerca de 60 alunos do curso de gastronomia participou das aulas-show do projeto Sabores da Pérsia, com o chef iraniano Ali Moradpour, e tiveram a oportunidade de conhecer técnicas e ingredientes típicos da culinária persa.
Na onda da folia
Como a coluna tem mostrado esta semana, as expectativas estão altas entre empresários do comércio e no setor de turismo para o carnaval. E não é sem motivo: levantamento da Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) a partir de dados do Banco Central mostrou que, no ano passado, turistas estrangeiros injetaram R$ 31,6 bilhões na economia brasileira. Foram 5,4 milhões de visitantes — 13% a mais na comparação com o mesmo período de 2023. Agora é aguardar e caprichar na hospitalidade para garantir o sucesso também em 2025.
Oportunidade para MEIs
O Encontro de Prefeitos que agitou a cidade nos últimos dias trouxe também novidade para os micro e pequenos empreendedores (MEIs). Está no ar a plataforma Contrata Brasil, com foco em contratações públicas em todos os Poderes, e lançada durante o evento. A expectativa é de que, na primeira fase, a iniciativa atinja até R$ 6 bilhões em contratos com esses empresários. A contratação pode ocorrer em até cinco dias a partir da publicação da necessidade do serviço. Para participar é preciso acessar a plataforma pela página contratamaisbrasil.sistema.gov.br e fazer o login com a conta no gov.br. A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e Márcio França, do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, participaram do anúncio.
Brasileiro ganha ‘Nobel’ do meio ambiente
O antropólogo brasileiro Eduardo Brondizio foi o primeiro sul-americano a ganhar o Tyler Prize, considerado o “Nobel” do meio ambiente, ao lado da ecologista argentina Sandra Díaz. O pesquisador atua na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e é considerado autoridade mundial em desenvolvimento humano e mudanças socioambientais na região da Amazônia. “Parabéns aos dois e, especialmente, parabéns ao professor Eduardo Brondízio por seu trabalho e esse importante reconhecimento”, escreveu a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nas redes sociais. A cerimônia de premiação está marcada para 10 de abril, em Los Angeles, e o prêmio total é de US$ 250 mil.
Colaboraram Pedro Grigori e Luciana Corrêa
Por Mariana Niederauer do Correio Braziliense
Foto: Minervino Júnior/CB/D.A Press / Reprodução Correio Braziliense