Durante o programa CB.Saúde — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta quinta-feira (13/3), a nefrologista, Edvania Macedo, explicou o perigo silencioso das doenças renais. Às jornalistas Carmen Souza e Sibele Negromonte, ela ressaltou as patologias que geralmente acompanham doenças renais e quais exames fazer para o diagnóstico precoce.
Na semana do Dia Mundial do Rim, celebrado em 13 de março, Edvania Macedo alertou sobre a incidência dessas enfermidades, que tem aumentado progressivamente ao longo dos anos. A estimativa é de que até 10% da população mundial tenham doença renal crônica. “No Brasil, esse número varia entre 7% e 10%, o que representa pelo menos 20 milhões de pessoas. O maior problema é que a maioria desses pacientes ainda não tem diagnóstico, pois a doença evolui de forma silenciosa, e o diagnóstico geralmente acontece de forma tardia”, ressaltou
A especialista disse que, para identificar a doença renal precocemente, existem exames muito simples, como o de urina e a dosagem de ureia e creatinina no sangue. “Esses exames estão disponíveis em qualquer laboratório, mas o mais importante é o diagnóstico precoce das patologias que levam à doença renal crônica, como diabetes e hipertensão. Essas doenças são altamente prevalentes na população e também costumam ser diagnosticadas tardiamente, apenas quando as complicações aparecem”, salientou.
Segundo ela, no consultório, é muito comum receber pacientes com diabetes há mais de 10 anos, já com complicações graves e sem nunca terem ouvido falar sobre doença renal crônica. “Muitos desses pacientes também são hipertensos. E essas doenças estão relacionadas tanto a fatores individuais quanto ao meio ambiente. O problema é que, no início, elas são silenciosas. O paciente pode estar com glicemia altíssima e não apresentar sintomas, e quando percebe, já está com fraqueza, mal-estar e perda de qualidade de vida”, detalhou.
Edvania acrescentou a importância de acompanhamento contínuo da saúde e a realização regular de exames simples durante os check-ups para um diagnóstico precoce.
Por José Albuquerque do Correio Braziliense
Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press / Reprodução Correio Braziliense