Mulher morta no Paranoá tinha deficiência intelectual

O corpo de Marcela foi encontrado envolto em um cobertor e com sinais de estrangulamento

Marcela Rocha Alencar, de 31 anos, foi morta por um homem na ultima terça-feira (1/4), era Pessoa Com Deficiência (PCD). A informação foi dada por familiares da vítima.

“Conversar com ela era a mesma coisa do que conversar com uma criança. Ela tinha a mentalidade de alguém de cinco anos”, contou a mãe adotiva de Marcela, Iracema Ferreira, de 64 anos, que a adotou quando a mulher tinha 15 dias de vida.

Segundo a idosa, sua filha sempre foi protegida, em casa, sem contato com a rua. Na ultima segunda-feira (31/3), porém, Marcela teria ido dormir na casa de sua avó biológica. “Na terça, ela não voltou. Passou a quarta-feira, ainda nada. Na quinta-feira iniciamos a busca por ela e ontem infelizmente recebemos a notícia do corpo encontrado. Não consigo acreditar, a ficha não caiu”, lamentou Iracema.

Segundo a irmã de Marcela, a empresária Taísa Tamara, de 29 anos, a vítima nunca havia tido outro contato com o homem que confessou a ter assassinado, Renato Carlos de Souza Pereira, de 39 anos.

“Me disseram que ele era um homem em situação de rua, mas eu não acredito que seja. Ele (Renato) estava com cabelo bem cortado, usando camisa polo, bem vestido. Não me parecia alguém que estava vivendo na rua”, relatou Taísa.

Entenda o caso

O corpo de Marcela Rocha Alencar, de 31 anos, foi encontrado na manhã de sexta-feira (4/4), em uma área de mata, na quadra 32 do Paranoá. Relatos de moradores da região levaram a polícia a Renato Carlos de Souza Pereira, de 39 anos que, ainda na delegacia, confessou o crime. O homem seria um morador em situação de rua da região, que teria sido visto junto à vítima.

Marcela foi encontra envolta em um cobertor e com sinais de estrangulamento. O caso é investigado como feminicídio, com ocultação de cadáver, pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).

Por Bruna Pauxis do Correio Braziliense

Foto: Ed Alves CB/DA Press / Reprodução Correio Braziliense