Integrantes do Palácio do Planalto relataram à CNN serem contrários a uma retaliação na mesma medida contra os Estados Unidos caso o país sancione autoridades brasileiras e defendem uma resposta política contra a medida.
Isso significa que se forem cancelados vistos de entrada a autoridades brasileiras a ideia é que o Brasil não cancele vistos de autoridades americanas.
O plano, até a manhã desta quinta-feira, é elaborar uma resposta “política” aos Estados Unidos com uma nota oficial dizendo que não cabe ao país fazer comentários sobre o Judiciário e o sistema judicial brasileiro, que a premissa americana para justificar a sanção está errada, é falsa e que se configura uma intervenção nos assuntos internos do Brasil.
O governo, porém, vai aguardar que haja alguma medida concreta para se posicionar.
A ideia da resposta política deverá valer para o caso de uma sanção menor, como o cancelamento de visto. Mas poderá ser diferente caso haja uma sanção maior que alcance transações financeiras dos sancionados. Neste caso, haverá uma reavaliação da estratégia.
O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, já pediu a auxiliares que se debrucem sobre a Lei Magnitsky.
Sancionada por Barack Obama em 2012, a legislação leva o nome do advogado russo Sergei Magnitsky, morto em uma prisão na Rússia no ano de 2009.
Desde 2016, ela é aplicada mundialmente a quem for considerado, pelos Estados Unidos, violador dos direitos humanos.
Dentre as possíveis punições estão, além de restrições de visto de entrada no país ao infrator, congelamento de ativos e contas bancárias nos Estados Unidos, assessores e familiares, e restrições a transações comerciais e financeiras.
Por Por Brasília
Fonte CNN Brasil
Foto: Reprodução CNN Brasil