Ser ‘bonzinho’ demais pode atrapalhar sua carreira? Veja o que líderes bem-sucedidos fazem diferente

Feedbacks honestos fortalecem equipes e ajudam líderes a construir relações de confiança

Em ambientes corporativos, a gentileza excessiva virou uma espécie de norma silenciosa. Sorrisos forçados, risadas fora de hora e elogios genéricos como “ótimo trabalho” tornaram-se ferramentas sociais para evitar o desconforto em interações profissionais.

Mas, segundo psicólogos sociais ouvidos por uma reportagem da CNBC Make It, essa postura pode ser mais prejudicial do que útil — e líderes de sucesso sabem disso.

Por que ser “bonzinho” demais gera desconfiança
No trabalho, o desconforto social é inevitável. Ele surge em negociações, feedbacks ou reuniões.

Muitos profissionais tentam amenizar essas tensões com uma postura exageradamente agradável, mas esse esforço pode soar artificial e gerar desconfiança. Um sorriso forçado ou um tom hesitante são interpretados como falta de autenticidade.

A consequência direta disso são feedbacks superficiais e sem valor construtivo. Expressões vagas como “Parabéns, estava ótimo” demonstram falta de atenção e comprometimento. Para quem lidera, essa abordagem mina a confiança necessária para criar uma cultura de performance.

Como os líderes de sucesso agem diferente
Líderes eficazes não temem parecer menos legais para serem mais verdadeiros. O feedback honesto — ainda que desconfortável — é uma ferramenta poderosa para impulsionar o desempenho e fortalecer laços. Nesse processo, a imagem do líder se fortalece, sendo percebido como alguém confiável e comprometido com o crescimento da equipe.

Romper com a cultura do elogio fácil exige coragem e autenticidade. Segundo psicólogos, muitos agem de forma exageradamente cordial apenas para se encaixar. Esse fenômeno é conhecido como “ignorância pluralista”, quando todos fingem gostar de um comportamento com o qual poucos se identificam de verdade.

Com o tempo, essa prática se consolida e transforma a cultura de liderança da empresa. Isso prepara o ambiente para conversas difíceis e cria um diferencial competitivo baseado em confiança e clareza.

Por Por Brasília

Fonte Exame.    

Foto: Freepik