O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mostrou sua tornozeleira eletrônica nesta segunda-feira (21), após uma reunião com deputados e senadores do PL (Partido Liberal), na Câmara dos Deputados.
Durante a saída do encontro, o ex-presidente ficou cercado de congressistas aliados, jornalistas e repórteres cinematográficos, o que causou tumulto. Na ocasião, uma mesa de vidro localizada no Salão Verde da Casa foi quebrada, no entanto, ninguém se feriu.
“Não roubei os cofres públicos, não desviei recurso público, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso aqui é um símbolo da máxima humilhação em nosso país. Uma pessoa inocente. Covardia o que estão fazendo com um ex-presidente da República. Nós vamos enfrentar a tudo e a todos. O que vale para mim é a lei de Deus”, disse Bolsonaro ao mostrar o dispositivo.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), foi atingido por um celular durante a confusão, mas afirmou à CNN que passa bem.
Medidas cautelares
Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão pela PF (Polícia Federal), em operação autorizada por Moraes. Desde então, está sob uso de tornozeleira eletrônica e deverá cumprir com recolhimento domiciliar entre 19h e 7h, de segunda a sexta-feira, e em tempo integral aos finais de semana e feriados.
Ele também não pode usar as redes sociais, nem manter contato com o filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos alegando buscar sanções norte-americanas contra Moraes e o STF.
PL define grupos de trabalho em respostas ao STF
Mais cedo, com a presença de Bolsonaro, parlamentares do PL se reuniram para definir estratégias de atuação frente às medidas impostas por Moraes.
Segundo o líder do partido na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), a oposição irá pressionar a tramitação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição) sobre o foro privilegiado e pela anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
O líder do PL também anunciou a criação de três grupos de parlamentares, organizados em esquema de comissão, para coordenar a reação à Corte:
- Comunicação, liderado pelo deputado Gustavo Gayer (GO);
- Mobilização no Congresso Nacional, sob comando do deputado Cabo Gilberto (PB);
- Mobilização nacional, liderado por Zé Trovão (SC) e Rodolfo Nogueira (MS).
No Senado, a principal aposta será a abertura de processo de impeachment contra Alexandre de Moraes.
*Sob supervisão de Douglas Porto
Por Por Brasília
Fonte CNN Brasil
Foto: Reprodução CNN Brasil