Soltura de pipa poderá ser modalidade esportiva no Distrito Federal

Umas das atividades mais tradicional do período de férias, a empinagem poderá ser regulamentada por lei, com o objetivo de dar segurança aos praticantes e à população

0
173

Uma proposta apresentada na Câmara Legislativa pretende transformar a soltura de pipa em modalidade esportiva no Distrito Federal. O Projeto de Lei 1.471/2024, de autoria do deputado Daniel de Castro (PP), denomina ainda os praticante como “pipeiros” e indica onde os adeptos poderão realizar suas atividades.

Os pipeiros deverão praticar a modalidade em locais abertos, distante da rede elétrica e de telefonia. As linhas utilizadas deverão obedecer o que determina a legislação vigente — que atualmente proíbe o uso de cerol.

De acordo com a justificativa da proposição, o intuito da matéria é regulamentar a soltura de pipa “promovendo-a como uma atividade segura, saudável e inclusiva”, além de entender a “empinagem” como “tradição popular no Brasil que, além de entreter, contribui para o desenvolvimento físico, social e mental dos praticantes”.

“Reconhecê-la como esporte oferece uma oportunidade de difundir a prática de forma responsável, orientando sobre a importância da segurança e respeito ao espaço público. Ao transformar a soltura de pipas em modalidade esportiva oficial, podemos incentivar a criação de espaços apropriados para sua prática e o desenvolvimento de competições organizadas, promovendo assim um ambiente seguro e adequado, livre de riscos para a população e para a rede elétrica e de telefonia”, aponta o projeto.

Por fim, a proposta defende que a lei ajudará na regulamentação do uso das linhas, dando segurança a população e reconhecendo os pipeiros como esportistas no Distrito Federal.

Férias e acidentes

No Distrito Federal, o período de férias escolares — julho, dezembro e janeiro — é o quando mais aumenta o número de crianças, adolescentes e adultos praticando a soltura de pipas. Também é nessa época do ano em que aumentam o número de acidentes, especialmente com ciclistas, motociclistas e transeuntes, em decorrência do contato com linhas de “pipas voadas” com cerol. Nossa reportagem questionou o GDF e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) que informaram não ter como filtrar os dados dessa natureza, com o número de pessoas feridas por linhas de pipas.

Por Suzano Almeida do Jornal de Brasília

Foto: Agência Brasil / Reprodução Jornal de Brasília