Como a mulher mais rica do mundo administra sua fortuna de US$ 111 bilhões?

Com visão estratégica e domínio de finanças corporativas, a herdeira do Walmart aplica sua fortuna em projetos que vão da medicina à arte

Com US$ 111,1 bilhões em patrimônio, Alice Walton é atualmente a mulher mais rica do mundo, de acordo com o ranking de 2025 publicado pela Forbes nesta terça-feira, 9. Walton se mantém na primeira posição desde setembro de 2024. 

Alice é filha de Sam Walton, fundador da rede de supermercados Walmart. Ela se formou pela Trinity University em 1971 e teve breve passagem pelo Walmart. Hoje, aos 75 anos, vive em Fort Worth, Texas, coordenando suas iniciativas filantrópicas. 

Qual o segredo da bilionária?
Walton não está no conselho do Walmart como seus irmãos, por exemplo, mas sua atuação a coloca entre as figuras mais influentes do mundo em filantropia. 

Isso porque ela aposta nos mesmos fundamentos financeiros que as grandes empresas. Com uma abordagem que une planejamento de longo prazo, governança e métricas de impacto, ela criou um ecossistema próprio de investimentos sociais, fundações e projetos sustentados por uma gestão rigorosa de ativos.

Finanças corporativas como alavanca
Em julho de 2025, Walton inaugurou a Alice L. Walton School of Medicine, em Bentonville, Arkansas, cidade natal da família Walton. 

A escola recebeu uma turma inaugural de 48 alunos e representa um investimento filantrópico de US$ 250 milhões, gerenciado com os mesmos princípios que regem grandes fundos e holdings empresariais.

Ao todo, ela já doou mais de US$ 1,5 bilhão para iniciativas de impacto, sempre com foco em resultados mensuráveis e retorno social sobre o investimento.

Bilionária que opera como uma gestora de ativos
Mesmo fora da operação do Walmart, Walton mantém participação acionária relevante na companhia, o que sustenta boa parte de sua fortuna. Mas o que realmente chama a atenção é a forma como ela diversifica e potencializa seus ativos. 

A criação de fundações como a Alice Walton Foundation e a Art Bridges Foundation demonstra seu domínio de práticas como planejamento tributário, estruturação de governança, gestão de portfólio e avaliação de risco, pilares clássicos das finanças corporativas.

O que a trajetória de Alice Walton ensina sobre finanças corporativas?
A história de Alice Walton mostra que o domínio de finanças corporativas é uma habilidade estratégica, mesmo para quem não ocupa cargos em grandes empresas. 

Planejamento, estruturação patrimonial, alocação de recursos e avaliação de impacto são competências que, quando bem aplicadas, podem sustentar fortunas, viabilizar legados e transformar setores inteiros.

Para executivos, investidores e profissionais de qualquer área, compreender os fundamentos das finanças corporativas pode ser o diferencial que separa boas ideias de projetos transformadores. 

Por Por Brasília

Fonte Exame

Foto: Getty Images