A bola vai rolar em 2022 no Estádio JK, no Paranoá. Está prevista para janeiro a entrega da obra do campo de futebol, que foi apadrinhado em abril de 2021 pelo Capital Clube de Futebol (CCF) por meio do projeto Adote uma Praça, da Secretaria de Projetos Especiais (Sepe). Com 90% dos trabalhos executados, o estádio passará por uma vistoria técnica em 4 de janeiro, com os órgãos competentes. A expectativa é de que no dia 22 já esteja apto para a primeira partida do clube no Campeonato Candango contra o Taguatinga Esporte Clube.
Inaugurado em 2002, o espaço estava abandonado há alguns anos, até que o Capital Clube viu no espaço a oportunidade de ter um local próprio e criar um vínculo com a comunidade do Paranoá. “Eles vieram com um projeto de investir em futebol na região e sugerimos a adoção do Estádio JK, que está há mais de 10 anos sem reforma”, explica o chefe de gabinete da Administração Regional do Paranoá, Francisco Alves.
A escolha pelo estádio do Paranoá se deve a uma série de fatores. “Vimos que o espaço estava abandonado e sem gestão. A nossa ideia é mandar os jogos lá. É uma cidade que respira esporte e lazer”, explica o presidente do CCF, Godofredo Gonçalves Filho.
“A ideia é ter uma casa que seja um caldeirão, aconchegante… Já temos uma certa aproximação com a população, mas queremos estimular a torcida da região”, completa.
A reforma custeada pelo clube consiste na troca do gramado; recuperação e pintura do banco de reservas, da arquibancada, do alambrado e dos muros; construção de portões de emergência e da área administrativa, com vestiário e cabine de transmissão; e as instalações do sistema de iluminação, irrigação, hidráulico e de parte de drenagem.
Parceria
Apesar das obras estarem sendo bancadas pelo clube, o estádio, que tem capacidade para até 6 mil pessoas, continuará sendo um espaço público. Essa é uma premissa do projeto Adote uma Praça. Por isso, a inauguração deve ser com um jogo amistoso de portões abertos. A Administração Regional do Paranoá também poderá realizar eventos no espaço.
Iniciado em 2019, o Adote uma Praça tem como objetivo firmar parcerias com empresários e moradores da capital para a manutenção e recuperação de espaços públicos, como praças, jardins, equipamentos esportivos, estacionamentos, monumentos e pontos turísticos, entre outros.
Segundo o secretário de Projetos Especiais, Roberto Andrade, desde a criação da iniciativa já são 170 pleitos de adoção. Destes, 70 já foram entregues à população e os outros 100 são esperados para 2022. Para Andrade, o sucesso do programa se deve pelo sentimento de pertencimento que cria na população. “É um projeto para resgatar a consciência cidadã e a integração entre povo e governo, um fato novo em Brasília”, avalia.
Após a parceria no Estádio JK, outros espaços semelhantes em Taguatinga e Planaltina estão sendo analisados para entrar no projeto. Para apresentar uma proposta, basta procurar a administração da região administrativa do espaço público desejado e preencher um formulário de propósito. O documento é enviado para a Sepe, que fica responsável pela análise. “Fazemos a triagem, avaliamos se não compromete a infraestrutura e o sistema viário e damos encaminhamento”, explica o secretário.
Por Agência Brasília com informações de PH Paiva
Foto: Agência Brasília