HRT inicia força-tarefa para zerar lista de espera por cirurgia de catarata

Hospital Regional de Taguatinga realiza por mês 100 operações, quantidade que será reforçada, até o final de fevereiro, por outros 120 procedimentos cirúrgicos

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Uma força-tarefa do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) vai atuar para zerar a lista de espera dos cerca de 300 pacientes que aguardam por cirurgia de catarata no sistema de regulação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O HRT realiza uma média de 100 cirurgias de catarata por mês. Com a força-tarefa, que vai durar até o final de fevereiro, serão realizadas outras 120, além das 100 mensais normalmente realizadas.

“Como oftalmologista, sempre sonhei em ver a fila de cirurgia de catarata zerada. Desde que assumi a diretoria do hospital trabalhei para que isso fosse possível”, disse o diretor do HRT, José Alberto Aguiar.

As cirurgias estão previstas para acontecer nas segundas, terças e sextas-feiras à noite. A equipe de cirurgiões da força-tarefa, iniciada nesta sexta-feira (20), é composta por três especialistas em cirurgias de catarata, três cirurgiões auxiliares, além de enfermeiros e técnicos. Os pacientes são pessoas com idade a partir de 60 anos, faixa etária em que as pessoas começam a ser diagnosticadas com a doença.

“Catarata é uma doença que causa a perda da visão e, com isso, tira a capacidade laboral da pessoa. A cirurgia é importante para restabelecer a autonomia”, explicou o diretor do HRT. A doença é um processo degenerativo do cristalino, lente natural transparente que temos no interior do olho. Com o tempo, ou por algumas doenças, essa lente começa a ficar turva, prejudicando a visão e podendo levar à cegueira.

Vitorino Nascimento, 69 anos, foi uma das pessoas operadas no primeiro dia de trabalho da força-tarefa. A catarata já atinge seus dois olhos, sendo que a vista direita está mais comprometida. Ele está na fila de regulação há quatro meses.

“Quase não enxergo pelo olho direito. Meu caso é pitoresco porque desenvolvi a catarata como sequela da covid, doença que me deixou em coma por quatro meses”, relata. Vitorino, que praticamente não enxerga com o olho direito, disse que está ansioso pelo resultado. “Até a minha pressão subiu de tanta ansiedade. Estou muito feliz”, frisou, enquanto era preparado para ser levado ao centro cirúrgico.

Maria de Fátima Rocha, 64, encerrou nesta sexta-feira uma espera de um ano e meio pela cirurgia. Assim como Vitorino, a visão de Maria de Fátima com o olho direito está mais comprometida. “Estou muito feliz em estar aqui para ser operada”, resumiu.

Por Agência Brasília

Foto: Tony Winston/Agência Saúde / Reprodução Agência Brasília