O Dia Nacional do Orgulho Gay, celebrado no dia 25 de março no Brasil, há alguns anos mobiliza milhares de pessoas em todo o país em prol da luta contra a homofobia. O movimento apoia a comunidade LGBTQIAP+ a ter orgulho da sua orientação sexual. Em alusão à data, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) preparou um vídeo institucional a respeito da temática, com o objetivo de promover a sensibilização da sociedade contra o preconceito e o respeito às diferentes orientações sexuais.
“Acredito que, a partir das ações de inclusão, poderemos conscientizar a população sobre o combate à LGBTfobia e assim mostrar que é justa toda forma de amor”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania
A partir deste sábado (25), os cidadãos que passarem pelos postos do Na Hora e também pela Rodoviária Interestadual de Brasília vão poder conferir o vídeo pelos monitores destes locais, e também pelo canal do Youtube da Sejus.
“Acredito que, a partir das ações de inclusão, poderemos conscientizar a população sobre o combate à LGBTfobia e assim mostrar que é justa toda forma de amor”, destaca a secretária de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, Marcela Passamani. A titular da pasta complementa que, “a partir das políticas públicas propostas pela Sejus, queremos garantir mais proteção e amparo aos LGBTs”.
As políticas públicas da Sejus acerca do tema são baseadas na importância do combate à homofobia e pela defesa de uma sociedade mais igualitária e livre de preconceitos. Por meio da Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial (Subdhir) e sua Coordenação de Políticas de Proteção e Promoção de Direitos e Cidadania LGBT (Coorlgbt), a pasta tem como premissa básica promover o pleno exercício da cidadania.
Ações como elaboração e divulgação de materiais informativos; capacitações sobre a temática LGBTQIAP+; campanhas contra o preconceito e a violência a essa comunidade; e elaboração de normativos são propostas do órgão para a garantia dos direitos humanos e o exercício da cidadania do público LGBTQIAP+.
Por que “orgulho”?
A palavra orgulho é utilizada como antônimo de vergonha, que por muito tempo – e ainda hoje – gerou a opressão aos indivíduos LGBTQIAP+. O movimento teve início em 1969, após a Rebelião de Stonewall, e procurou promover principalmente o direito de ir e vir desta população, a sexualidade e identidade de gênero dos indivíduos com o objetivo de que não sintam vergonha de seus corpos, nem de sua orientação.
O evento histórico ocorreu em junho daquele ano, no bar Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich Village, em Nova York, nos Estados Unidos. Na época, a homossexualidade era ilegal em vários estados americanos, e as pessoas LGBTQIAP+ enfrentavam discriminação, violência policial e opressão social.
Na madrugada do dia 28, a polícia invadiu o local, com o objetivo de prender seus frequentadores. A ação policial desencadeou uma série de protestos e revoltas por parte das pessoas que estavam nas proximidades do bar.
As manifestações e os confrontos com a polícia se estenderam por várias noites e foram liderados por ativistas LGBTQIAP+ que reivindicavam seus direitos e exigiam o fim da discriminação e da violência policial. A Rebelião de Stonewall marcou o início do movimento pelos direitos LGBTQ+ nos Estados Unidos e inspirou outras lutas por direitos civis ao redor do mundo.
É LGBT ou LGBTQIAP+?
A sigla cresceu a partir das vivências, experiências sociais e do entendimento de cada ser sobre si mesmo. No início da década de 1970, as discussões sobre o tema ganharam mais espaço. Como a representatividade dos homens gays sempre foi mais evidente, protagonizando o movimento da comunidade, a alteração para LGBT, com o L encabeçando a sigla, foi feita para dar mais visibilidade às mulheres lésbicas.
A pauta permanece a mesma: respeito e inclusão de pessoas com diferentes orientações sexuais e identidades de gênero. Ao longo dos anos, novos termos foram incluídos e a denominação LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros/trans/travesti, queer, intersexo, assexual, pansexual) passou a ser utilizada, embora a sigla não seja de total aceitação na sociedade civil.
Em 2008, foi realizada o primeira Conferência Nacional LGBT, e esta sigla é utilizada por políticas públicas, por ter sido unânime no encontro.
A subsecretária de Políticas de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Sueli Vieira, explica que a sigla LGBTQIAP+ ainda não abarca toda a diversidade. “Ela é viva e ao longo dos anos ainda terá alterações com base nas vivências de cada indivíduo.”
*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
Por Agência Brasília
Foto: Arte: Sejus / Reprodução Agência Brasília