A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (9/11) que o desmatamento na Amazônia Legal, de agosto de 2022 a julho de 2023, teve uma queda de 22,3%, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) do Inpe. A declaração ocorreu durante coletiva no Palácio do Planalto.
A divulgação ocorreu após reunião da Comissão Interministerial de Prevenção e Controle do Desmatamento, que reúne 19 ministérios. “Ibama e ICMbio aumentaram em quase 200% capacidade de fiscalização. Com isso alcançamos essa redução”, apontou a ministra.
Segundo a pasta, a redução do desmatamento é resultado da intensificação das ações de comando e controle. Um dos destaque é o aumento, no mesmo período, de 104% dos autos de infração aplicados pelo Ibama por infrações contra a flora na Amazônia. Já as apreensões aumentaram 61%, os embargos, 31%, e a destruição de equipamentos, 41%.
Em Unidades de Conservação houve redução de 58% da taxa de desmatamento e alta de 320% dos autos de infração aplicados pelo ICMBio no mesmo período. Com o resultado obtido de agosto de 2022 a julho de 2023 foi evitada a emissão de 133 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e) na atmosfera, o que representa cerca de 7,5% das emissões do país, tendo como base o ano de 2020, último dado oficial disponível.
O Prodes apontou ainda queda de 42,1% do desmatamento nos 70 municípios considerados prioritários pelo MMA, que concentram 73% do desmate. Em relação aos Estados, as maiores quedas foram registradas em Rondônia (42%) e no Amazonas (40%). Já no Pará houve queda de 21%, e em Mato Grosso o desmatamento aumentou 9%.
Por Ingrid Soares
Foto: Ingrid Soares/CB/D.A Press / Reprodução Correio Braziliense