Antes de subir no trio elétrico posicionado na avenida Paulista, Jair Bolsonaro (PL) tomou café e almoçou com aliados políticos. Em conversa a portas fechadas com governadores e deputados de direita, o ex-presidente uma articulação focada nas eleições de 2026.
Nas últimas semanas, Bolsonaro tem se empenhado em fortalecer alianças do PL (Partido Liberal) com partidos de centro-direita, em busca de nomes fortes para a Câmara dos Deputados e o Senado Federal no pleito do próximo ano.
A corrida para a articulação é contra o tempo, já que o temor do entorno bolsonarista é que uma eventual condenação e prisão de Bolsonaro após o julgamento da ação que apura uma tentativa de golpe de Estado no país possa atrapalhar os planos.
Aos aliados políticos, o atual líder da direita no país tem admitido abrir mão de nomes do próprio partido, o que inclui aliados fiéis, em prol de apostas certeiras para o próximo pleito.
O tema foi tratado em encontro com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), na última semana. No estado, Bolsonaro não quer repetir o erro das eleições municipais, quando candidatos do PL perderam as votações para aliados do governador.
Ao subir no carro de som posicionado na avenida Paulista, neste domingo (29), o ex-presidente reforçou o apelo em discurso feito à base.
“Me deem 50% da Câmara e 50% do Senado que eu mudo o destino do Brasil. E digo mais, eu nem preciso ser presidente. Valdemar me mantendo como presidente de honra do PL, nós fazemos isso com vocês”, afirmou.
Enquanto falava, Bolsonaro estava acompanhado dos filhos. Em posição de destaque no trio elétrico ficou o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, para quem o pai não economizou elogios.
Articuladores do PL já dão como certa a candidatura do “02” ao Senado, mas fora do Rio de Janeiro, berço político do ex-presidente. Para o vereador, o caminho é a disputa pela vaga no estado de Santa Catarina.
A transferência de candidatura poderia afastar do pleito a deputada Julia Zanatta (PL), fiel apoiadora do ex-presidente. A mais cotada para uma “dobradinha” com Carlos é a parlamentar Carol de Toni (PL), que teve o trabalho de articulação testado ao assumir, no ano passado, o comando da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Por Por Brasília
Fonte CNN Brasil
Foto: Gabriel Silva/E.Fotografia/Estadão Conteúdo
