Duplas no local de trabalho não são um fenômeno novo. No entanto, a forma como os funcionários estão definindo esses relacionamentos cruciais está mudando.
Nos últimos anos, os termos “esposa de trabalho” ou “marido de trabalho” têm se tornado cada vez mais comuns — tanto que um estudo recente descobriu que 70% das pessoas em empregos de escritório afirmam ter um “cônjuge de trabalho”, segundo reportagem da Fortune.
Um estudo com trabalhadores britânicos de escritório descobriu que 72% de 2.000 pessoas pesquisadas disseram ter uma “esposa de trabalho” ou “marido de trabalho” — um termo que usariam para descrever alguém com quem compartilhavam um vínculo próximo.
Até onde vai esse conceito?
Uma pesquisa encomendada pelo provedor de saúde e bem-estar Health Assured descobriu que 20% dos entrevistados dizem saber tudo sobre a vida pessoal de seu “cônjuge de trabalho”, e outros 23% disseram que preferem confiar em seu parceiro de trabalho do que em seu parceiro romântico sobre questões emocionais.
Ter um amigo próximo no trabalho não é algo ruim — na verdade, é um dos principais fatores para determinar a satisfação geral de um funcionário no trabalho.
A Pew Research descobriu no ano passado que relacionamentos com colegas de trabalho e chefes eram os aspectos mais positivos das funções de muitas pessoas, levando a uma maior realização geral no trabalho.
Mas especialistas alertam que, ao definir essas amizades importantes como “casamentos de trabalho” — publicamente ou entre si — as duplas estão sinalizando conotações que podem se transformar em conflitos e acusações.
Estudos frequentemente descobriram que relacionamentos de trabalho podem resultar num estresse menor entre a equipe e, como resultado, maior produtividade.
Estudos mostraram que amizades de trabalho podem ajudar indivíduos a superar problemas econômicos e podem ser um grande motivador para trazer a equipe de volta ao escritório.
Em alguns casos, a frase “irmã de trabalho” ou “irmão de trabalho” foi proposta como uma alternativa para “cônjuge de trabalho”, uma frase que igualmente carrega conotações emocionais pesadas.
Por Luiz Anversa – Exame
Foto: Exame / Reprodução Exame