Durante o programa CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta quarta-feira (5/3), o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Andrade, comentou sobre o primeiro final de semana com tarifa zero no DF. Às jornalistas Adriana Bernardes e Mila Ferreira, também comentou sobre os estudos que estão sendo realizados para uma gratuidade universal.
“Superamos nossas expectativas. Tivemos um aumento de 46% no número de viagens em relação à movimentação do ano passado. Foi um saldo bastante positivo”, comenta o secretário, ao falar sobre a gratuidade no fim de semana do carnaval.
O secretário afirmou que a frota utilizada para o carnaval teve que passar por poucas mudanças. “Tivemos apenas um reforço de 13% no número de ônibus em comparação ao do ano passado. Vimos que foi o suficiente para atender a demanda do carnaval. Com exceção dos horários de dispersão dos bloquinhos, os ônibus estavam vazios”, afirma.
Zeno também disse que o transporte ainda passará por estudos para o reforço de frotas nos domingos e feriados de gratuidade. “A demanda do carnaval é diferente, além da folia, também tivemos diversos eventos religiosos. Teremos o estudo dos eixos de interesse, de acesso e deslocamento a partir do próximo domingo”, completa.
Com uma demanda maior da utilização dos transportes, a possibilidade de vandalismo no transporte público foi uma preocupação. Sobre isso, Zeno afirmou que poucas reclamações foram feitas. “O metrô nos informou que teve somente um caso de pichação e de danos a extintor de incêndio. Também tivemos um caso de um ônibus, na região do Lago Sul, que sofreu uma avaria interna em um dos bancos. O Carnaval estava bem seguro e tivemos quase nada de vandalismo”, conta.
Ele também relatou que novos estudos vão ser feitos para analisar a possibilidade de uma gratuidade que atinja um número maior de passageiros. “A secretaria de economia irá avaliar os impactos positivos. Temos que calcular o que o governo deixa de arrecadar, que representa R$36 milhões somente aos domingos, incluindo os feriados, temos um impacto de R$56 milhões por ano. Mas se tem um ganho a médio-longo prazo. Ao atrair mais usuários para o transporte público, a tarifa técnica, paga por acesso, também diminui. A movimentação gerada retorna para os cofres do governo”, afirma.
* Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel
Por Luiz Fellipe Alves do Correio Braziliense
Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press / Reprodução Correio Braziliense