Dia do Diabetes: como os adoçantes contribuem com o dulçor nos alimentos

Data traz a importância do cuidado para mais de 12 milhões de brasileiros portadores de diabetes, de acordo com o Ministério da Saúde

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O Dia Mundial do Diabetes, data celebrada em 14 de novembro, traz a importância do cuidado para mais de 12 milhões de brasileiros portadores de diabetes, de acordo com o Ministério da Saúde. A indústria alimentícia demonstra atenção com esse grupo, e por meio de investimentos em pesquisas e em novas tecnologias, disponibiliza no mercado produtos que atendem à legislação vigente em relação à segurança, formulação (sem adição de açúcares, diet, light etc.), com opções variadas para esse público.

Os adoçantes são fortes aliados dos portadores de diabetes, permitindo a substituição do açúcar em suas dietas, mantendo a acessibilidade ao dulçor e contribuindo para o bem-estar, já que não é recomendado que consumam açúcar em suas dietas. Atualmente, são aprovados 17 edulcorantes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cada um com suas características e recomendações.

O consumo dos adoçantes é seguro e as recomendações de ingestão diária são estabelecidas por meio de estudos científicos que as comprovam. O JECFA (Comitê Conjunto de Peritos em Aditivos Alimentares da OMS e FAO), que avalia as análises realizadas e estabelece a ingestão diária aceitável (IDA) de cada edulcorante, expressa em miligrama por quilo de peso corpóreo (mg/kg p. c.).

Para compreender o cálculo da ingestão diária aceitável, há um exemplo: a IDA do aspartame é de 40 mg por quilo de peso corpóreo. Um adulto de 60 kg poderia consumir até 2400 mg de aspartame diariamente, o que equivaleria a ingerir cerca de 45 a 50 latas de refrigerante sem açúcar com blend de edulcorantes, quantidade dificilmente atingível. Isso demonstra que o aspartame é seguro com base nas evidências científicas apresentadas pelos especialistas do JECFA.

Diferentes adoçantes para diferentes paladares e necessidades

As características de cada edulcorante permitem a escolha daqueles que melhor se adaptam a variados gostos, receitas e estilos de vida. A sucralose, por exemplo, é estável em altas temperaturas e utilizada em diversos tipos de alimentos; seu sabor é parecido com o do açúcar, e possui de 600 a 800 vezes maior poder adoçante. Com uma IDA de 15 mg por quilo de peso corpóreo, é recomendada especialmente para bolos e doces em geral.

Outro adoçante muito buscado pelos consumidores atualmente, o eritritol, encontrado em frutas, vegetais e até em cogumelos, realça o sabor de bebidas e alimentos. Com sabor doce e suave, pode ser usado em receitas, por possuir capacidade de fornecer volume e reduzir o ponto de congelamento do preparo. O poder adoçante do eritritol varia de 0.6 a 0.8 em relação ao dulçor do açúcar, o que permite uma equivalência próxima da dosagem, facilitando o uso culinário em receitas.

Essas e muitas outras dicas e descrições podem ser encontradas no Guia dos Adoçantes ABIAD, disponível no site da ABIAD. Confira nesta página um panorama da ingestão aceitável de cada adoçante.

Por Jornal De Brasília

Foto: Towfiqu barbhuiya/Pexels / Reprodução Jornal De Brasília